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sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Deprê descontraída




Não gosto de escrever textos quando estou deprê. Inclusive, tristeza nunca é inspiradora para mim. Gosto de memes toscos, riso fácil e afeto de graça..

Mas hoje é daqueles dias em que "a tristeza é senhora..", como diria Caetano.

Ah!! É a TPM!!! (Vamo botar a culpa nos hormônios que aí da pra tirar o meu da reta e é menos um peso nas costas).

Esse é um daqueles dias em que as palavras e gestos não retribuídos vão afundando a auto estima até o pé. Pelo menos me resta auto estima pra usar uns batons coloridos e uns tênis malucos!

A razão mandou lembranças de longe! Esse vazio deve ser o cérebro de folga. Querido, espero que volte amanhã porque sem você não da pra produzir nada além de lamúrias no Facebook.

Ler seria mais produtivo do que lamuriar. Mas Big Mac também seria mais gostoso do que comer salada no jantar. Deve ser isso!! Dieta não dá, falta de bacon ta me enfraquecendo.

Até que a chuva como trilha sonora, a cama quente e os pés vestindo meias da Disney ilustraram o clima "down" do 1° dia de Dezembro.

Talvez toda a negatividade desse restinho de 2016 estremeceu este um metro e meio que vos escreve..
(Um namorado viajando, uma frustração por não ter ganho um prêmio e um "projeto de TCC mal resolvido" deve influenciar um pouquinho também :P )

Soltar umas letrinhas por aqui até que parece terapêutico pra quem é filho único, meio carente e dramático tipo eu. Como diz meu amigo Valter, "joga pro universo e vamos ver o que ele devolve"!! Universo, amanhã estarei maravilhosa e plena! Faça sua parte, fofo!!

- Publicado no Facebook em 1/12/16.

domingo, 23 de outubro de 2016

Uma semana em Sampa



Eu vi o texto da minha colega de profissão - uma carioquinha bem deXXXcolada - falando da semana em São Paulo, e me inspirei. Como não se inspirar em cariocas, né? Eu amo!!
<3  Enfim, achei que só fotos não retratariam tão bem uma semana tão marcante.

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Eu nunca tinha ficado mais de um dia em São Paulo. Bateu um frio na barriga quando soube da oportunidade de passar uma semana sozinha na cidade que não dorme. Tudo bem que não foi TÃO sozinha assim, já que sou filha única e por mais que eu queira mergulhar de cabeça em algumas loucurinhas (coisas típicas de aquarianas como eu), tenho uma mãe que ainda se preocupa se estou levando casaco e remédios para gripe. Por isso, dona Celia se encarregou de pedir a uma amiga que me acolhesse na casa dela durante aqueles 6 dias.

Bom, estava super empolgada com a ideia da semana sozinha totalmente mergulhada no jornalismo. É uma delícia quando nos surpreendemos positivamente. Não sabia que aquela semana seria tão determinante. Avisei quem tinha que avisar, pedi conselhos profissionais a alguns feras que já denominei como meus mestres, arrumei a malinha prateada que comprei em um “chinoca” de Portugal e fui para a tal Fradique Coutinho, na linha amarela. "Hummmm, riquinha", ouvi de um colega do curso. Caguei! Acho que ele precisava falar algo pra se enturmar e parece que conseguiu, pois está até no meu texto.

Putz, que sensação de liberdade quando o sol raiou no primeiro dia em Sampa. Só me lembro de ter acordado tão cedo, tão empolgada e tão “livre” quando o sol nasceu em Nova York, em uma semana nos EUA também inesquecível. Mas isso é outra história.

Só a sensação de liberdade já valeu tudo (sim, acho que sou muito aquariana mesmo). Eu não queria ninguém no meu pé e eu queria dar tudo de mim naqueles dias, na sede de ouvir aquela vozinha interna novamente dizendo “você é capaz. Você é foda”.

Nos tempos livres, consegui explorar um pouco da cidade. Conheci alguns lugares, dentre eles a loucura da 25 de Março - me julguem. Um sol sem fim, uma gritaria sem fim e bugigangas sem fim, do jeito que eu gosto.
Aprendi uma coisa para a vida: não se pode parar pra pensar em NADA na saída do metrô de São Paulo. Se estiver sem rumo, “continue a nadar” caso não queira ser atropleado pela multidão que sai junto com você. É loko, mâno. Mas São Paulo é isso. Eu já sabia na teoria. Apesar de tudo, me senti tão importante no meio daquela multidão...! Eu tava cheia de mim e com expressões faciais estilo Johnny Bravo.

Conheci jornalistas incríveis! Fiz amigos muito felizes e empolgados como eu :D Ouvi histórias empolgantes e tive mais e mais certeza de que essa profissão é riquíssima. Espero nunca perder esse orgulho e esse brilho nos olhos ao falar de tudo que envolve jornalismo. Estava cansada de ouvir e ver ao meu redor profissionais frustrados me ensinando uma coisa muito importante: não ser como eles. Senti que a semana tinha tocado cada um de uma forma diferente. Vi uma estudante revoltada, chorando, dizendo que largaria o curso. Fiquei pensando como coisas tão fascinantes podiam ser desmotivacionais para alguns..?! Porra, comigo foi exatamente ao contrário! Mas cada um sente de um jeito e eu estou longe de me corromper com pessimismo.

Fui a campo, fiz questão de colocar em prática o que aprendi com um dos mestres da minha vida: jornalismo é sentir, é ver, é fazer parte. “Eu quero você na rua, olhando nos olhos das pessoas”, ele sempre dizia (não vou mencionar ele aqui, pois já sou uma tremenda puxa saco dele).
Dessa vez eu entendi que não se pode escrever sobre algo sem experienciar. Escrever por escrever qualquer um pode. O que faz a diferença é como tudo te toca e essa teoria finalmente fez bastante sentido.

Ao final de tudo eu entendi que eu fui para São Paulo não somente para fazer um curso e concorrer a um prêmio, como eu pensei inicialmente. Eu fui para buscar inspiração. Eu fui para recarregar a bateria. Me inspirei nos detalhes, eu quis me entregar a tudo que me trouxesse estímulos, que fizesse meu coração bater e que me trouxesse de novo aquela vontade de gritar ao mundo que a vida é boa quando se sabe viver.

Estou escrevendo este texto agora depois de finalizar o texto que vai concorrer ao tal prêmio Santander - um intercâmbio de 6 meses na Espanha com tudo pago. Eu estava na sede para ser a primeira colocada. Por alguns instantes eu até achei que tinha grandes chances. Durante uma semana eu só falava e pensava em como eu conseguiria isso - passei uma noite quase toda sem dormir pensando nisso, inclusive. Estava super focada.

Mas comecei a enxergar por outro ângulo. Os maiores prêmios que eu poderia ganhar, eu já ganhei na última semana. Estou feliz por fazer parte da parcela da população que enxerga o copo meio cheio. Puta prêmio, SP! <3

Ps.: foto da @nadcalado


sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Fragilidade emocional


Levei três "caixotes" nas ondas até chegar à Banana Boat. Isso foi agora na minha última viagem.
Para quem não sabe, Banana Boat é aquela bóia em formato de banana, guiada por uma lancha em alto mar.

Eu fui naquilo quando tinha nove anos e me diverti horrores. Por isso pensei que já era mestre na brincadeira e que dominaria todos os movimentos.
De 9 para 24 são 15 anos. Ser criança é se entregar por completo às emoções sem nem cogitar perigo. Já sinto saudades disso..

Mas enfim, o fato é: eu estava tão frágil (mais psicologicamente do que fisicamente) depois dos tapas que o mar me deu que pensei primeiro em desistir da aventura. Eu subi no brinquedo chorando e reclamando. Sim, CHORANDO!!!! Um mix de humilhação, vergonha e vontade de desistir. Meu namorado logo disse "Não chora, linda! Olha só a idade da criança do seu lado".
Isso até me confortou bastante, já que o menino aparentava ter não mais de 10 anos (mas certamente era mais viril e destemido do que eu. Claro!!! Com 10 anos é mole ter tanta força. Foi o que pensei no momento).

A lancha foi com tudo! Cerrei os olhos para não entrar água (eu era a primeira da minha fileira), segurei firme para não cair, gritei muito e engoli o choro.
No final das contas foi bem divertido. Meu namorado foi rindo do começo ao fim. Eu ainda estava abalada, mas acabei me rendendo e me confortando com as risadas dele que, inclusive, fizeram tudo ter valido a pena.

Mas, ainda me peguei refletindo muito sobre a minha fragilidade emocional.
Logo eu que sou tão forte (ou pelo menos pareço ser).
Hoje senti a mesma fragilidade. Não esperava que o passeio seria tão didático e que me ensinaria a agir como eu agi, pensar como eu pensei, só que em situações mais cotidianas.

O incrível é que agora, escrevendo este texto, após alguns minutos de desconforto no meu dia, o sentimento era o mesmo de quando eu estava em alto mar no brinquedo. Logo, na minha lógica, pensei em fazer o mesmo que fiz na Banana: engolir o choro, gritar (por dentro), segurar firme e pensar que eu tenho mais capacidade do que muitos (por mais viril e destemido que os outros sejam). E até está funcionando!

Me sinto melhor por entender que, mesmo quando achamos que não somos tão bons quanto deveríamos ser, precisamos encarar de frente as "aventuras" da vida. Desistir é feio, mostrar fracasso é pior ainda.

Que o meu Deus me ensine todos os dias a ser viril, forte e a transformar sentimentos de humilhação e incapacidade em vontade de aprender e ser melhor.

O mundo é muito cruel e não tolera adultas choronas que pensam em desistir com o primeiro tapinha na cara. Ou engole o choro e segura firme, ou não terá espaço para chorões nesta aventura.

Ps. Foto só para ilustrar. É claro que essa loira linda na frente não sou eu! :D